quarta-feira, 4 de abril de 2007

O amor antigo

O amor antigo vive de si mesmo,não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera,mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,o antigo amor, porém, nunca fenecee a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste?
Não. Ele venceu a dor,e resplandece no seu canto obscuro,tanto mais velho quanto mais amor."