sexta-feira, 27 de abril de 2007

EM BUSCA DE MIM

Nos tracejos e bordas dum emaranhado de cadarços
que se entrançam num ponto ou quântico qualquer
se de ouro ou prata é o que quero sem saber sequer
e no gosto doce e amargo, sou nó, talvez um laço.


Entro em colapso nas negras nuvens embargadas
pelo escoar das lágrimas do presente e de outrora
encaminhando qual orbital a lento passo ao agora
fito minha própria imagem, desço e subo a escada.


Cores azuis e cinzentas mesclam o frio e pálido sereno
desordenam manhãs e poentes, rascunhos e desenhos
não há mais tinta! e o nanquim que me leva ao extremo,


alcançando minhas entranhas, se agiganta nestes veios
revertendo-me em amor, sangra a seiva deste lenho
fazendo-me sentir um nada em mim, tudo em teu inteiro.