segunda-feira, 30 de abril de 2007

ESSÊNCIA

Súbito risca os céus cobrindo as searas
no momento em que as asas espalmam
o suave âmbar das flores que derramam
os matizes do bronze que ora já badala.


Segue então a imagem daquele vitral
e na profusão do vendaval à espera
vai-se a lua, vem o sol e a primavera
libertando aquele canto intemporal.


Desce e volve a serra num adeus
percorrendo a linha do horizonte
serena, eleva os olhos ao caduceu


e farfalhando em plumas e beijos
soletra o último suspiro à fonte
e doura o veludo em breve adejo.