domingo, 29 de abril de 2007

Minhas hastes

Odor exuberante dessas flores
penetra vagaroso em meu peito,
o peito que por ti bate de jeito
assim acelerado, em clamores!

E pétalas, as brancas, retorcidas,
acolhem em seu ninho filamentos,
os que, em seu dourado tingimento,
me levam às lembranças reprimidas.

O ouro que um dia colocaste
no dedo em alvura desta mão
de nada me valeu; eis o contraste!

As tuas atitudes, sem razão
deixaram retorcidas minhas hastes
as que me suportavam neste chão.