sexta-feira, 27 de abril de 2007

Fado Maior

É lá, nesse recanto da saudade
Que mora o fado antigo, marinheiro
Aquele fado de sempre sem idade
Que numa voz maruja foi primeiro

Do Gama as caravelas foram palco
Dessa canção tristonha, emocionada
Que brota das gargantas em socalco
Como em soluços d’alma esfarrapada

Falo de Portugal, emocionado
De lá trouxe o meu fado, alegremente
Numa esperança de vida, engalanado

E inda o escuto ao longe, sobre o mar
Como se os ecos seus fossem presentes
No luso coração nele a vibrar