terça-feira, 24 de julho de 2007

Desabafo

Sonha de olhos cerrados amores sedados e em delírio,
pois que a flor que dizes fechada é teu absinto proibido.
Ante a clausura que te olha e me adota em flor de lírio,
em desabafo eu confesso: _Não me tome como teu olvido!



Rebusca tantas bocas e quantos beijos já esquecidos,
quimeras de segundos que falece noutros gozos estros.
Se a noite despe-me ou se não uso orgasmos desvalidos,
é que a insônia não se acasala com a traição do gesto.



Ah! Que sol é esse se faz da primavera ouro de um dia,
aludindo essa lua qual efígie ponteada num compêndio,
adejando uma mulher apenas covil, escassa vil alforria,
desacato então eu, não faço do meu corpo palco dispêndio!