terça-feira, 31 de julho de 2007

AQUELA CRIANÇA

Lembro-me da criança ingênua e pura,
Que não tinha lembranças, nem saudade;
Que ignorava a sanha da maldade,
E não sentia a dor da desventura.
Não sabia que a vida era esta arena,
Onde o riso gladia-se com o pranto;
Onde lutam o encanto e o desencanto,
Onde a fé mais e mais faz-se pequena.
E a criança foi-se....
E o jovem veio:Teve sonhos, amores,
teve anseio,
Mas o tempo sem dó suas faces vinca.
E agora então com a juventude ida,
Sei que se já brinquei tanto com a vida,
Hoje é a vida que, comigo, brinca.