segunda-feira, 30 de julho de 2007

NÃO LONGE ESTÀ A FAMÍLIA

O meu castelo de sonhos hei-de construi-lo
Com bons fundamentos e rígidos fundões,
Há-de ter sempre uma enseada a preveni-lo,
Contra as intempéries e demais obstruções.

Criarei jardins suspensos e algumas fontes,
Coadjuvadas por estátuas formidáveis,
Por sobre o riacho adentro simétricas pontes,
E alguns jardins dos mais intocáveis.

Aí criarei os meus, com crianças a correr,
Beberei chá pela manhã para me abstrair
Do quotidiano, e, enquanto o chá sorver,

Lerei o jornal do dia sem contemplações,
Porque o melhor é ver as crianças a sorrir
E a esposa atenta a me enternecer.