quinta-feira, 26 de julho de 2007

PORTA FECHADA

Não a julgo culpada não, tristeza,
Quando vem no meu peito e faz morada,
Pois quando entra e fica, com certeza,
É porque acha a porta escancarada.
Se, na minh'alma, eu sempre conservasse
Viva, a imbatível força da alegria;
Se eu risse mais e se bem mais cantasse,
Jamais você, a entrar, se atreveria.
Então por que culpá-la se o culpado,
Outro não é além de mim que esqueço
De ter, contra você, bem mais cuidado?
Então - tristeza - agora está avisada:"
Não venha mais, seguindo esse endereço,
Que a porta, pra você, está fechada."