sábado, 28 de julho de 2007

PASSO PÁLIDO E TRISTE

Não há nada neste mundo que me queira,
Passo pálido e triste pelas pessoas, na rua,
Vou caminhando sozinho de tez sobranceira,
Minha alma é insignificante e subtilmente nua.

Quem dera, ser os jardins a florescer aqui,
Deixar o pobre coitado e mais as suas mágoas,
Talvez encontrasse o devido e esperado fim,
Junto ao mar e às suas desenhadas fráguas.

Ah, quem me dera, não ser tão triste assim,
Buscar o amor com o que houvesse,
E trazê-lo em ombro amigo para junto de mim.

Nasci para ser só, meu destino está traçado,
E mesmo que eu enfim o quisesse,
Não passaria de um eterno desgraçado.