A CASA DO MAR
A casa do mar já não chora a vazão
do azul no jardim secreto; um castelo
sem concreto, mosaico onde revelo
vertentes no reflexo em consagração.
Bracejar em tuas ondas ou naufragar
no choro do mar se dando à fina areia,
bebendo o cais que no fim de mim prateia
o delta alimentando o ápice quasar.
Oh cadente do céu; traindo a cizânia
no rastro que me ama, à noite,
dá-me o sol;vôo a ti farol, luzeiro da vesânia.
Oh pingente de lua sorrindo ao crisol,
beija o amor e bebe a gota da insânia
iriando o castelo e coroando o rei atol.
|