domingo, 29 de julho de 2007

A CASA DO MAR

A casa do mar já não chora a vazão

do azul no jardim secreto; um castelo

sem concreto, mosaico onde revelo

vertentes no reflexo em consagração.



Bracejar em tuas ondas ou naufragar

no choro do mar se dando à fina areia,

bebendo o cais que no fim de mim prateia

o delta alimentando o ápice quasar.



Oh cadente do céu; traindo a cizânia

no rastro que me ama, à noite,

dá-me o sol;vôo a ti farol, luzeiro da vesânia.





Oh pingente de lua sorrindo ao crisol,

beija o amor e bebe a gota da insânia

iriando o castelo e coroando o rei atol.