terça-feira, 31 de julho de 2007

Despedida da Vida

O alma em jejum, não escreve
a saudade queima , mata
o coração não resiste ,não se define
entre um soneto e uma sonata.

Veste o papel de palhaço
faz-se campos de espantalhos
agarra o sol com o último laço
bem longe das raízes, dos atalhos.

O solo dos solos choram,sangram
dos versos que se despedem
agonizam na despedida da vida.

O poeta sem mais saída
ultrapassa as luzem que acendem
libertando a derradeira poesia ainda viva.