segunda-feira, 2 de julho de 2007

Conquista da compaixão

Não se conhece nenhuma conquista que chegasse ao espírito sem apoio na prática.
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Um grande intérprete da música não se manteria nessa definição, sem longos exercícios com base na disciplina.
Um campeão nas lides esportivas não consegue destacar-se simplesmente sonhando com vitórias.
Nos dons espirituais, os princípios que nos regem as aquisições são os mesmos.
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Se quisermos que a piedade nos ilumine, é imperioso exercitar a compreensão. E compreensão não vem a nós sem que façamos esforço para isso.
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Aceitemos, assim, as nossas dificuldades por ocasiões preciosas de ensino, sobretudo, no relacionamento uns com os outros.
Nesse sentido, os que nos contrariam se nos mostram como sendo os melhores instrutores.
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Se alguém comete uma falta, reflitamos na doença mental que lhe terá ditado o comportamento.
Se um amigo nos abandona, imaginemos quanto haverá sofrido no processo de incompreensão que o levou a se afastar.
Pensa na insatisfação enfermiça dos que se fazem perseguidores ou na dor que se entregam a esse ou àquele tipo de culpa.
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Compaixão é a porta que se nos abre no sentimento para a luz do verdadeiro amor, entretanto, notemos: ninguém adquire a piedade sem construí-la.