TERCEIRA IDADE
Na densa folhagem de um rico jardim
Gravitam pássaros em busca de pão,
Que a velhice do homem faz questão
De lhes oferecer a meio do chinfrim.
Não precisa sair do seu banco ornado,
De velha madeira aqui e ali trabalhada
Alguém que alimentava a passarada,
É tudo o que ele quer ao ser lembrado.
Passa os dias nisto, o velho ancião,
Para matar o tempo e rejuvenescer,
Quando as aves lhe vêm comer à mão.
O sol está no seu zénite e o velho,
De regresso a casa, pára para comer,
Uma côdea de pão velho e relho.
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