terça-feira, 24 de julho de 2007

TERCEIRA IDADE

Na densa folhagem de um rico jardim
Gravitam pássaros em busca de pão,
Que a velhice do homem faz questão
De lhes oferecer a meio do chinfrim.

Não precisa sair do seu banco ornado,
De velha madeira aqui e ali trabalhada
Alguém que alimentava a passarada,
É tudo o que ele quer ao ser lembrado.

Passa os dias nisto, o velho ancião,
Para matar o tempo e rejuvenescer,
Quando as aves lhe vêm comer à mão.

O sol está no seu zénite e o velho,
De regresso a casa, pára para comer,
Uma côdea de pão velho e relho.