sábado, 14 de julho de 2007

CONFLITOS VIRTUAIS

Ao pisar no picadeiro virtual da amargura. No palco triste do teclado ilusão, sofri o desespero da hipocrisia e-mail, ao representar para a telinha, as comédias de uma saudade reconstituída, por uma mensagem ditada pelo viver. Pelos argumentos desanimadores de uma solidão sonhadora.
No mundo desinibido da virtualidade, fui trapezista de uma única vontade. Andei na corda bamba da felicidade, já que não conhecia a verdade oculta do outro lado e a alegria dos meus achados, não me permitiam decifrar os enigmas da esperança contorcionista.
Digitando e digladiando com o desespero de nunca saber aonde me encontrava, vi a competitividade fechar as portas da sensibilidade, me distanciando aos poucos do reconhecimento ilusionista da realidade.
Na vulgaridade dos sonhos preteridos! Divaguei nefastos pensamentos e molestei as fantasias descabidas das perspectivas, não domando meus sentimentos de internauta, deixando-me levar pelos caminhos virtuais da emoção pecaminosa.
No bate papo discernido. Enfocado pelo teclado do computador, não soube reagir ao impulso das improvisações, acabando por rastejar como vírus devastador, pelas ondas magnéticas dos PPS acoplados. Pelos canais da incoerência, deletando do coração o sangue que regia as peculiaridades.
Com o toque do prazer, que alimentavam meus fantasmas libidinosos. A vulgaridade desenfreada de quem comigo teclava, confessei o inverídico, tentando me tornar glamour. Personalidade. Ponto de referência, na cama invisível das necessidades preliminares, peculiaridades de um tesão sem juízo. No toma lá da cá! Impulsionado pela velocidade da luz. Pelos gifs que decoravam os corredores da negligência, fui irresponsável. Delinqüente. Mergulhei meus sonhos na versão mentira dos pronunciamentos devastadores. Irreconhecíveis, quando abracei corpos desconhecidos no espaço imaginativo da versatilidade intuitiva. Sonambulamente!Naveguei sentimentos. Emoções. Transmiti palavras que nem mesmo sei onde foram parar.
Vaidoso! Criei textos. Fomentei histórias, que nas mãos de mentes habilidosas se transformaram em famosas mensagens e percorrem o mundo, levando em cada parágrafo, partículas da minha literatura.
Entretanto! Quem na verdade é o personagem do outro lado da telinha. Quem é a Mirian, que teclou para elogiar meus escritos. Quem será a Maria que criticou meus textos por não serem coerentes com a religiosidade dela. A cascavel que tocou a boca no trombone, por lhe ter feito relembrar um passado de mágoas e decepções.
Quem é você que chorou? Blasfemou? Perdeu seu tempo a ler meu texto. Meu conflito virtual! Se nem mesmo sabe QUEM SOU...