sábado, 14 de julho de 2007

às avessas

Enquanto o frigir do pensar nos agita,e o que se apresentava antes como espasmo, agora no todo conflita,sentimos que o que realmente faz-se não estáticoe com força de redemoinho se movimenta,é tudo aquilo que nossa carne fomenta.É tudo aquilo que por vezes nos afugenta,fazendo ablaqueados, os sentidos do mirar alonjadoque nem sempre sustentaa suposta lógica inserida em nossos cantares e poetares...

O sal de nossa pele,por vezes ferenossa consciência,que onisciente apresenta-se por vezes renitente,justo nos momentos em que intervalamosgestos manifestos e lucidez no que se sente...

Por isso a força que se faz abundante.Por isso o sorver de cada átimo de instante,pois que se somos viajores andantes,por certo nossos pensamentos voantessão os que antes,faziam-nos pregados ao solo.Como se paralisados exigíssemos colo.Como se perdidos,buscassemos em nossos frágeis sentidosos segredos que bailam à nossa frente,de forma freqüente,e nós insistimos em não querer vê-los...

Ser-nos...Eis o que em nós se revela e se resvala.Conter-nos,eis o que nos cala,pois que nos pensamentos que adejamhabitam em verdade o que nossa qüerenciamantém segredada,no fundo dos nossos recônditos.Como fossem preces.Como fossem promessas.Como o que fôssemos,quando às avessas...