terça-feira, 10 de julho de 2007

A casa do mar

A casa do mar já não chora a vazão
do azul no jardim secreto; um castelo
sem concreto, mosaico onde revelo
vertentes no reflexo em consagração.


Bracejar em tuas ondas ou naufragar
no choro do mar se dando à fina areia,
bebendo o cais que no fim de mim prateia
o delta alimentando o ápice quasar.


Oh cadente do céu; traindo a cizânia
no rastro que me ama, à noite, dá-me o sol;
vôo a ti farol, luzeiro da vesânia.


Oh pingente de lua sorrindo ao crisol,
beija o amor e bebe a gota da insânia
iriando o castelo e coroando o rei atol.