segunda-feira, 16 de julho de 2007

TULIPAS ABENÇOADAS

Encantadoras tulipas brancas
trouxeram-te envolta em tua aura azul e
com palavras ditas no silêncio de teu olhar
fui surpreendido em um filosofar do lirismo altivo,
entranhado em meu pranto que enxugaste com
pequeninos ósculos, dignos de um profeta
dos ventos letrados nas divinas ilhas do saber!

Atenuantes tulipas amarelas
te fizeram emergir em tuas pétalas violetas,
em tua face a simplicidade do sorriso, induzindo
a ternura da doce flauta em uma planar gentil
tirando dos porões do meu castelo, efêmeras cicatrizes,
para enfim doutrinar a brisa com tuas mãos de pelica
traçando em toques a magia do teu carinho!

Radiantes tulipas vermelhas
abriram-te em tua feminilidade cristalina,
soletrando a sensualidade e tendo a lua como álibi
discreto de um soneto, velado com teu coração
acrescendo em meu avesso uma viagem astral,
Eros de um de um novo milênio versejado
Nos rubros segredos da luz irmã!

Dançarinas tulipas cor de rosa
abençoaram-te em tua sensibilidade mulher
imaculando lúdicos desejos aprisionados
nas masmorras da minha alma, citando um poema
de uma única estrofe, tornando-se um texto de Camões
quiçá de um jardim prosaico e maestro
do amor do sempre Eremita da verdade!