sexta-feira, 6 de julho de 2007

CON_SEQUÊNCIA

Siga o fluxo das cristalinas águas em ascensão
o ruflar de uma folha descendo as corredeiras
um avermelhado laço revirando a sementeira
dois umedecidos seixos à margem do ribeirão.


Contorne a paisagem, adentre nas vertentes
tão próximo das colinas deite-se tanto amor
e em tamanha febre nos prados só o clamor
do néctar adormecendo o favo suavemente.


Orientem-se então os congruentes ponteiros
num bailado azul-rosa-vermelho em vertigem
seara mesclada ao monte, uníssono gorjeio,


e desfolhem às brumas o canto enfim liberto
de duas fontes que se agigantam e redigem
no solo, o destino determinado e completo.