sexta-feira, 6 de julho de 2007

AH! QUE ARREPIO

Ah! Que arrepio lembrar-me!
Usavas Amarige...
Quanta beleza!
Tinhas os cabelos anelados,
um vestido azul-turquesa!

Uma blusa decotada,
um crucifixo entre os seios...
Voluptuosos e morenos,
rijos e parelhos!
Teus lábios de carmim,
uma sombra leve nos olhos
delineados e brilhantes...

Salto alto e os pés com
passadas elegantes!
Um quadril esculturado,
a leveza de um colibri!

Um bolero tão bem dançado,
como outra eu nunca vi!
Os beijos enfeitiçados,
eu nunca mais me esqueci!
Ah! Que arrepio lembrar-me!
Daquelas coxas torneadas,
daquelas mãos bem cuidadas...
Do charme que tinhas quando falavas!

Fazias amor como eu nunca vi!
Entregavas toda alma,
Todo corpo...
Tudo de si!

Ah! Que arrepio lembrar-me!
Saudade assim, nunca senti!