sábado, 7 de abril de 2007

TRIBUTO AO REI POETA

Seja o tom sublime dessa terna inspiração a trindade prostrando-me em total atonia, sossega o meu peito em minha vitral rebeldia, memore pintura refletindo vã expiação.
Direi da suavidade dobrando o teorema e as cantatas trespassando duros concretos nas mais puras notas dos seus jardins secretos, que lhe faz ser o poeta, ser o verso e o poema.
Li outrora o desencanto ou a fé tão contrita, sorri às horas imaginárias e cenários, eu vi de perto a dor e o amor tal qual estuário desaguando a lira do homem nas escritas.
Conta-me um pouco daquela alma à revelia, chega ao cimo e alcança aquela estrela mais alta, é tanta a saudade falando da sua falta na ode que há em mim, retratando o poeta em poesia. Hoje sinto-me assim, letras vagando ao desdém.
Aonde irá tamanha imensidão se nada diz?
Dôo a cal ao seu sim na liberdade desse giz...
Olhei para os céus e a lua disse-me:
ninguém vem!