domingo, 8 de abril de 2007

SEM SAÍDA

Ao inatingível cimo da colina ora cavalgo
buscando a bruma que desponte qual luar
no leito do rio ou na cascata a amarfanhar
libertos versos em tal vale, onde eu valso.


Pungente é a certeza de encontrar nesta seara
o olhar a que esquivo e a cada canto agasalha
a minh'alma debruçada em amor e ainda entalha
o nome num só corte, e a ferro e fogo assinala.


Em frêmito passo deslizo no areal rumo ao horizonte
e seguindo, sinto o ímpossível...é a minha rendição!
Ajoelho então o corpo ante a luz daquela fonte,


que sorrindo em consonância ao meu compasso
sangra a voz do siso e arranca toda a razão
e lancetando minha verve, leva o último pedaço.