quarta-feira, 11 de abril de 2007

ROSA!

Vértice um dia à espera do poente e do alvor
foste tu! ao agitar o teu perfume nas alamedas
ultrapassando as muralhas, deitaste a negra seda
no meio à prata, numa chuva em gotas de amor.


Purpúrea no invernal canto da madrugada
debruça agora os matizes daquele monte
e hospedando o mar no início e fim da ponte
recolhe os meus olhos, onde fiz tua morada!


Rósea pétala abre nesta suave primavera
e ajoelha meus versos à beleza de tua face
sorvendo de minh'alma o néctar da quimera


e nos outeiros em saudade me deita e adormece
e assim te entrego, frente à serra onde o sol nasce
o cálice transbordando em amor àquela prece.