NA VOLTA

Na estrada da volta
Mostraram-me de relance
Que ainda há muita vida no ar!
Nas nuvens emolduradas
Nos desenhos de poeira no céu
Numa mistura simples das cores
Como só a natureza sabe mostrar
Já no findar dela... da volta
Entre o céu e a terra
Sentindo o cheiro das árvores
De uma mata ao longe, mas perto
Ouvi a voz da esperança a gritar-me:
Não deves prender a música
Esta que há dentro de ti
O cantarolar do teu olhar
Este teu sorriso, precisas recobrar
A música da tua voz deves recuperar
A magia da cura das tuas mãos
Não a deixes desencontrar.
Então; tudo que sublimei em mim
Vou desencantar
Quero continuar inteira
Para poder te esperar.