FLUXO E REFLUXO
Ao som dos violinos, conchas a balouçar
ondas na enseada, largos seixos em profusão
sob os raios do luar, dunas plenas em oração
escaldante areia moldando dois a se enlaçar.
Invade o mar a encosta e umedece a praia
deita os céus e sopra cálida a brisa da manhã
cacheandó sobre a pérola todo aquele afã
de descer as serras e bordar finas cambraias.
Desmaia a lua que consagra no painelo oceano
beijando a angra naquele ritual
revelando águas azuis com sabor de mel,
néctar que escorre fervilhando os corais
avermelha espumas formando um orbital
onde navegam caravelas em espirais.
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