quinta-feira, 12 de julho de 2007

AUSÊNCIA FATAL

Tua ausência?
Eu a suporto como quem,
estando viva, já morreu;
como folha seca que a árvore expeliu ao vento.
Eu a suporto como pesada cruz,
sem direito a Cirineu.
Tua ausência é um doer contínuo
e latejante,ferida profunda que ninguém vê,
sangue que escorre por dentro.
Tua ausência é aridez permanente,
falência de ideais, tom opaco
dos meus olhos tristes.
É ausência de luz, falência de alegria,
derrocada de esperança,alma turbada e abatida sempre e tanto!
Sequer posso pedir que voltes,
Porquanto eu sempre soubeque nunca fui,
não sou e jamais serei a dona do teu coração.