domingo, 8 de abril de 2007

SUERREAL

Neste mundo surrealista, em que vivemos,
E onde a pena, tenta transcrever o que vê,
Somos um todo, e deveras nada sabemos,
Ante tudo o que se nos depara e antevê.

E o povo esconde-se nas esquinas,
Como estátuas irreais e misteriosas,
De um passado distante, entre quinas,
Nas paredes frias, outrora gloriosas.

E largamos ao vento o nosso fado,
Conquanto este esteja deveras maculado,
Pela nossa incongruência e insensatez.

Cabe aqui pois largar o algoz da palavra,
Semear a terra e sua producente lavra,
Contra a infiel e contraproducente placidez.