sábado, 21 de abril de 2007

Quando voltas?

Sinto pena de mim, nessa saudade
De silêncios que tua falta multiplica
Essa dor com sabor de eternidade!
Essa folha que no chão se faz caida.

Tempo, não se perca em leviandades!
Siga ao largo do andarilho ermitão
Cale os ventos das afoitas tempestades
E as poeiras que espalham o furacão.

Quando voltas?
Digo a olhar o sol poente
Que no beijo amansa a sede de horizontes
E o clamor de minha espera impertinente!
Volta!
Seguirei-te de mim mesma esquecida
Como prece junto ao templo penitente
E a pétala desfolhada suicida.