quarta-feira, 11 de abril de 2007

MINHA MORENA

Minha morena,
vamos cumprir o estatuto
do fórro,
que diz que
é proibido parar.
Vem, minha morena,
vem, eu quero
sentir teu balançado,
teu remelexo,
quero ver a platéia
cair o queixo.
na pancada do pandeiro,
no tinido do triângulo,
por qualquer ângulo
quero ser o derradeiro
a deixar o salão,
Vou soprar no teu ouvido,
coisas do meu coração,
são cochichos de carinho,
me chama de meu amor,
de meu querido,
Eu estou “arretado”
no tinido do triângulo,
no roncado da sanfona,
você, minha morena,
é minha dona,
quero me desmantelar,
não esqueça,
sou doido por ti,
o teu gingado
me deixa atrapalhado,
vamos forrozar
na pancada do bombo.
Eu te quero minha morena,
vem, cochilar no meu ombro,
vou te apertar,
quero o teu gemido,
na hora do remexido,
eu vivo contigo a sonhar,
vem minha morena,
vem me amar...
E, assim, até o amanhecer,
eu quero ver
o teu balançar
e a pancada do teu coração,
vamos pegar o sol com a mão,
a manhã nós teremos
muito o que falar...
Vamos unir as nossas tralhas,
e com muito carinho,
vamos se juntar
e fazer o nosso ninho...
viver feliz por toda vida,
mas, sempre
a forrozá
lá pras bandas
do Ceará,
lá ninguém pára
vamos pra Ubajara,
Lá tem o Jaburu,
É um bom banhode rio,
no meio do mulheril...
Vamos lá na Jaburuna,
minha linda Pavuna,
ver toda aquela beleza
depois vamos pra Fortaleza
lá é o nosso ninho
de amor e carinho.