segunda-feira, 2 de abril de 2007

Ilusões Perdidas

A tocata de suave melodia
Joga sonhos ao éden, a voarem
Como se fosse pássaros sem ninhos,
É o pranto de amores a clamarem
Por ausentes carinhos.

Há momentos de solidão,
Que revelam amargura e dor...
É o desequílibrio
Da indecisão
De uma realidade
Sem brilho.

É o lembrar, do perdido amor,
Que traz a incerteza da rediviva..
É a negação na expectativa
Amorfa, sem cor.

Feliz é o sonhador,
Que cria para si um onírico viver,
Qualquer dia pode ser o dia
Em que terá o desejado amor,
Embora só em fantasia...
Os velhos pianos tiveram presentes
No doer de tantas nostalgias,
No rodopiar em valsas cadentes,
Em dançares intermitentes
De sonhos e fantasias...

Vivo, assim, permissivo,
A pensar no que ficou para trás,
Embora saiba que já não existe mais,
Embalo nas minhas ilusões...