quarta-feira, 11 de abril de 2007

Bem Sabes, Eu Sei

Eis que retornas,
Como a rosa matutina,
Malva rosa do jardim,
Que não fenece e que não se esquece!

Realmente o tempo não passou,
Ou passou?
Ainda é ontem... e o sorriso fácil da juventude
Faz o olhar distante da imaginação brilhar...

Ainda é hoje... a dor que de repente surgiu
E que toldou de plúmbeas nuvens
Os sonhos azuis de canora ave...
Se faz latente n´alma...

E... de repente, não mais que de repente,
Levantas a dobra do tempo e me dizes
- e, eu creio no que dizes -
Que " nunca há despedidas,
Há apenas distância física.
Mais distante ou mais perto,
Depende só de nossa capacidade de se soltar
Neste salto ao infinito espaço. Nele, não há tempo".

Fui covarde... bem sei!
Não insisti, não derrubei a muralha...
Por isso perdura no tempo e no espaço
A saudade que de mim levastes
Como a tua que persiste em mim,
Do que se sublimou!

"Sempre nos encontraremos" - afirmas...
E me deixas a promessa do futuro,
o que é o futuro, o que é o tempo, o que é real?

O meu imaginário tece sonhos e aguarda,
De que nem tudo que parece perdido está,
De que não há distâncias ,
De que não há separação, quando se ama.
De que há tempo de caminhar perto,
De que há tempo de caminhar longe,
Mas sempre juntos!

Não! - Não perguntarei... bem sabes que eu sei!