terça-feira, 3 de abril de 2007

ABISMO SEM FIM

Percorro com os olhos
o horizonte distante,
onde o tempo é surdo-mudo,
a história invisível,
e só distingo auroras
num vôo leve e sutil.


Busco desviar os rumos
que estão sem suas rotas,
querendo traçar ainda
estratégias eficazes,
para que eu não afunde
n'algum abismo sem fim.


Absorvo ondas revoltas
que chegam de toda parte
e só me trazem angústia,
enquanto mergulho inteira
levada pelas correntes
desses espaços sem gente.


Busco redobrar as forças
para emergir leve e solta,
saindo em busca dos sonhos
que esperam pacientes
e talvez ainda me contem
histórias cheias de graça.