quarta-feira, 26 de setembro de 2007

HORAS DESERTAS

Na deserta estrada das horas
Emoções perdidas em desencontros,
Nas tantas inseguranças do agora
Em nenhum tempo me encontro.

Corpo nu e vazio, que se esgueira
No silêncio cortante das madrugadas,
Alma na cumplicidade dessa cegueira,
Emudecida em agonia, encarcerada...

Esperança consumida, ressequida,
Tombada no solar sombrio da solidão.
Olhar extenuado e distante da vida,

Perdido nos umbrais da escuridão,
Velando contrito a inútil sobrevida
Do amor agonizando em sua prisão...