segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Da minha vida, sou a Raínha!

Abro o armário
que só eu tenho a chave
e o que guardo,
só meu espírito que sabe.

Às vezes olho de lado,
em outras, meu eu
faz questão de analisar..
Poxa, como doeu,
como fui capaz de suportar!

Vejo umas peças rasgadas,
lá no fundo socadas
como se escondesse do mundo
o quanto me deixei machucar.

Outras,
carinhosamente dobradas
tentando manter a cor,
o perfume, o amor,
o olhar de uma pessoa
que me foi muito amada..

Aproveito para tirar algo que via
um dourado sentido,
mas em relação a uma vida,
não durou sequer um dia
e nesse armário
não tem razão de ficar.

Da minha vida, sou a rainha,
uso o meu poder para sobreviver
e não mais chorar..

Majestade, disseram,
é a realidade,
quer lhe ver, ouvir?
Não, não quero!
Ela sempre me fere,
façam- na seguir.
Não a quero fitar!