domingo, 30 de setembro de 2007

ler-nos de modo solto...

Pelas alamedas, pelas vielas
eis que meus quereres
e os quereres dela,
complementam-se...

Tudo o que se faz belo é de beleza humilde.
Tudo o que faz alarido,
por certo perder-se-á por algum beco perdido.
Nada do que se arbitra e ostenta falsidade
ou a mancha inócua da dubiedade,
não chega sequer a nascer.
Somente toma espaço
como fosse um pesadêlo que se plasmasse
por mero descuido.

Eu acredito que o todo é compreensivo.
Ele acredita.
Mas ao mesmo tempo faço-me apreensivo
quando em meio ao que nos habita,
habilita-se o reverberar de coisas passadas...
Ou a remembrança de uma esperança
que não viveu,
porque covardemente antes de nascer morreu.

Por isso nesse divagar coerente
faço-me até poeta de verve consistente,
e peço a Deus que me proteja.
Pois pode ser que o que se deseja
não seja o sonho que se almeja.

E sim o fator prudente de saber-se
aprender,
a ler de modo solto,
as vontades nuas
de um e de outro...