terça-feira, 25 de setembro de 2007

PORTO PÉTREO

Era um sonho, ou um vento
Acordar sem medo de recomeçar
Nem o horror do sofrimento
A barca dos sonhos a navegar

Ao porto vazio de vida
Inerme de paixão, mais nada
À continuidade do amanhecer.
Oh lua que brilhas minha alma sentida
Deixai escondida a noturna fada
Porque o dia já espera acontecer

As asperezas das coisas atuais
Suportarão semelhança de fatos vindouros?
Terei minhas feridas ao atracar no cais?
Será diferente em outros ancoradouros?

Penso na demência da terra
E na fúria dos acontecimentos vãos.
São meus os pensamentos em guerra,
De pisar na guerra de outros chãos?

E já que pétrea é a vida,
Pisarei nas pedras do caminho,
Lá fora me protegerá da ferida,
Um torto e inocente anjinho.