segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Os versos que eu não escrevi

Naquele passado, já tão distante
foi deixada numa tabula a inscrição:

A cada instante você está

descobrindo os sóis que há

em seu universo, e um por um

começam a brilhar;

Logo, você será uma galáxia.

Eu como navegante solitário

poderei viajar por seus sóis

e, continuar os meus sonhos.

Sonhos estes que estão em você...



Era um poema de amor

cálido e puro como o teu olhar

casto e sincero como o teu sentir

um amor que transcendia a luz

nem o tempo conseguiu apagar.



Nosso amor feito de querer

um elo de convivência e doação

às vezes de saudade

que o perto parecia tão longe.

Um amor que via por cristais

tudo ficava tão transparente

a luz dos olhos refletiam

todas as lágrimas e alegrias

todas as carências

todos os sonhos e esperanças

todos os medos que um amor

pode sentir.



Foi um poema que traçou

um trajeto, talvez um encontro

em algum lugar nas estrelas.



Eu quis escrever um poema

o melhor de todos os poemas

daquele que acendesse todas

as luzes do universo

que preenchesse toda galáxia

que conseguisse revelar

o tamanho do meu sentimento

e que um dia teus olhos pudessem

nele pousar e acreditar

que nos versos que não escrevi

está o poema que se perdeu

no meu infinito ser.



"Se a dimensão do meu amor

não for o Sol, talvez seja

desta lágrima que cai"