sábado, 29 de setembro de 2007

embrenhando-me pelo caminho lúcido...

Solto sou porque não me apavoro em Ser.
Eu não quero cintilar mais que as estrelas,
nem quero falar das cores,
se as matizes, não se fizerem passíveis de assumi-las, vê-las...
Brinco de roda, faço-me tres relêvos
sou o guri negro que cresceu,
sou o ser que não se negou.
Sou a mesma alma
que habita o mesmo corpo, que não feneceu.

Sou alegria e ofereço minha mão aberta
a qualquer intenção que descreva uma intenção deserta.
Gosto de viver o executar sublime do que
descreve as notas musicais,
renovadas por mãos de pureza cristalina,
que decodificam os mistérios do esperar...
O esperar é o mesmo que o cantar.
Dias existem que a espera é louca.
Dia existem qual voz que soa rouca.
Mas passei desse estágio.
Eu só sei que canto e espero
e não me exaspero,
com o próximo desafio que possa vir.

Eu sou assim,
valoro o que se faz amigo do eterno.
Eu sou assim,
somente vibro quando inserido em eflúvios do "céu".
nunca quando perdido entre as maledicências do "inferno"...

O que eu tenho e me é nascituro
eu reverencio como o licor puro,
que é sorvido e não embriaga...
apenas faz-nos por outros orbes viajar.
Vôo, navego, caminho, corro.
Necessidade havendo,
peço socorro.
Mas vou escrevendo...
Visto-me das letras, que compõem versos, rimas, poesias.
Vou vivendo imerso em alegria
pois que as trocas dos dias
fazem-se silenciosamente.

O olhar muda de tom num simples piscar.
Nós somos assim também rápidos e lépidos.
Lerdo é o nosso pensar.
Por quê?
Porque julga ser um motivo maior que nosso viver.
Pensa ser.
E sequer começou a caminhar.

Sou assim,
um cantor...
um poeta...
uma promessa...
Também pode ser que eu não seja coisa alguma...
e daí?
O que me interessa é essa vontade de ser que me domina
e a mim vaticina,
uma missão, uma sina.

Sou vital
isso me faz embrenhar pelo percurso lúcido,
e desviar-me do que se faz abismal...