sábado, 18 de agosto de 2007

O grande futuro

Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que seretiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor nãopertence à Terra.
Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, eacreditam efetuar na fuga a realização da santidade.
Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e,quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que aexperiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.
No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta.. A palavra d'Ele não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre esclareceu: — "Mas agora o meu reino não é daqui."
Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança.
Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão-só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.
A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim,avançar, confiantemente, para o grande futuro.