quinta-feira, 30 de agosto de 2007

COMO VENTO

Ouve-me...
Só quem sentimentos conduz
Supõe na ingente caminhada
De uma dulcíssima intenção
A força da espera que aninha
Na dor que as vezes traduz
Do amor uma expressão

Ouve-me...
Com o vento a me levantar
Por livre arbítrio ou por destino
Acolhe o meu regressar
Tantas vezes já cai e sangrei
Tomei rumos incertos
Mas a meus códigos sempre retornei

Ouve-me...
Está chegando a primavera
Tudo parece reviver em profusão
Só meu acontecer permanece como velha cantiga
Vai com os tempos numa só canção
Se de nada vale minha espera
Pelo menos leva-me como vento
Sem perder esta ilusão
No meu coração