sexta-feira, 31 de agosto de 2007

POR NÓS

Afaste-se de mim
feito anjo piedoso
abandone meu coração errante
já conhecemos o fim doloroso


Não me estendas as mãos
não me ofertes teu calor
negue-me teus carinhos
não me olhe com amor


Não atices meu corpo
nem alimentes meu sonhar
esta estória já nasceu com um final
impossível de mudar


se a insensatez me domina
e o juízo me abandonou
sejas lúcido o bastante
repudie esse amor que brotou


Apague em mim tua voz
o teu suspirar
impeça-me de te amar


E quando me vir pelas ruas
finja não me conhecer
ignore minha pulsação descontrolada
faça isso pra nos proteger


a vida brincou com a gente
e esse trote aplicou
despertando este sentimento lindo
que na escuridão desabrochou...


afaste de mim este cálice
Seja homem, seja forte
poupe-me da
já anunciada desordem