segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Não estou nada confusa

Tirei cortina,

escancarei janela para chegar no cerne,

mostrar para ele e ela.

Quem?

- Meu coração

e minh'alma nada sentinela.




Vão se juntar contra meu cérebro,

eu sei,

mas não quero nem saber!

Preciso decodificar

para que possam absolver

e finalmente aceitar!




Vou numerar peça por peça,

microfilmar sorriso,

gravar conversa,

em slot reter.




Fotografar essa cortina fechada,

as luzes só na ribalta e fazer ver

como numa ilusão quase hilária

aguardam "avan première"?




Não acho justo

um coração que não age certo,

ignorando a hipotenusa

para viajar no lirismo dos teu versos.




Se pelo menos não ficassem jogados

no lado oposto ao ângulo reto,

não buscaria a soma dos meus lados!




Mas não.. me encontro nesse dilema

de vê-los acompanhando teus temas

e depois sofrendo, cabisbaixos..




Sem culpa nenhuma

vou agir,

não estou nada confusa

no que vou fazer,

se é para vê-los assim,

mato você!