Estrupo
Sinto a vida sair de minhas entranhas ...
desvirginando meu coração,
estuprando minha mente...
Dói comparável a um parto.
Sofro !
Não reajo !!
Minha estima amputada de mim...
Sinto-me indigna de existir...
Não me reconheço...
Acreditei ter encontrado a plenitude
do verbo amar,
agora,
vens com teus ferrões,
escaramuça,
deixa fundas feridas...
Sentes alegria em violentar-me,
oprimir-me...
Estás cego às emoções,
trazendo farpas de insolência no olhar,
e morte aos sentimentos,
em tuas frias palavras...
qual grandes patas,
pisoteiam aleatoriamente...
Não percebendo o rastro de estragos
que deixas em mim...
|