terça-feira, 28 de agosto de 2007

Estrupo

Sinto a vida sair de minhas entranhas ...

desvirginando meu coração,

estuprando minha mente...



Dói comparável a um parto.

Sofro !

Não reajo !!



Minha estima amputada de mim...

Sinto-me indigna de existir...

Não me reconheço...



Acreditei ter encontrado a plenitude

do verbo amar,

agora,

vens com teus ferrões,

escaramuça,

deixa fundas feridas...



Sentes alegria em violentar-me,

oprimir-me...

Estás cego às emoções,

trazendo farpas de insolência no olhar,

e morte aos sentimentos,

em tuas frias palavras...

qual grandes patas,

pisoteiam aleatoriamente...

Não percebendo o rastro de estragos

que deixas em mim...