terça-feira, 28 de agosto de 2007

DISSIMULADA

Tu me olhas tão...dissimuladamente,

Provocante, instigando o meu olhar...

Como um barco, eu me solto docemente

Nos teus olhos, sem saber se vou voltar.



Quando esse teu olhar te denuncia

Não há como controlar meu coração,

O amor desobedece à fantasia

E se solta nos abismos da paixão.



Misturadas na angústia dos desejos,

As palavras, na linguagem do prazer,

Em carícias labiais, fazem dos beijos

Muito mais que o nosso amor possa dizer.



Quando o êxtase se solta dos anseios,

E a vontade sensual se atenua,

Meu olhar percebe as curvas dos teus seios,

Minhas mãos percorrem tua pele nua...



Teu olhar de novo, insistentemente,

Me provoca... tu és tão dissimulada...

Lá vou eu precipitar-me na corrente...

Tu me olhas...tua boca... não diz nada.