domingo, 26 de agosto de 2007

no outro lado ponte

Lá... Justo lá onde as flores
vestem-se em cores,
e inebriam pela magia
do que lhes habita sob forma de poesia.

Lá de onde vêm os clamores.
Toda a esperança de que os amores
não morrem, descansam...

Lá de onde as canções fazem-se singelas
pois que livres e belas,
têm liberdade pra voar...

Lá onde o Todo faz-se visível
fazendo com que o antes fosse impossível,
torne-se absolutamente tangível...

Lá onde os versos realmente vestem-se
com as notas eternas das odes que vivificam e edificam
toda e qualquer melodia,
onde a vida é abarcada pela pura sincronia
de se fazer dileta amiga dos versos e rimas...
Onde olhamos com os olhos da alma.
Num mirante que se descortina
muito, mas muito acima...

Lá onde os segredos se farão abertos
pois que não há ponto deserto,
tampouco motivos para que a inspiração
se entristeça...
Pois tudo é coração.
Tudo é esperança.
Tudo nos leva a libertar-nos na amplidão.

Lá, onde sei que existe um novo horizonte,
um ponto de encontro, algo que transcende...
Lá, no outro lado da ponte...