sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Não Passou

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguém morreu,
ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão,
nossas mãos-rugosas,
têm o antigo calor
de quando éramos vivos.
Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira,
estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.