sábado, 22 de setembro de 2007

Serenata de um plebeu

O sulco do semblante retesa o medo

arando a cantiga na face do plebeu,

solando o quase riso, estica o quase-deu

na corda suplicante ponteada cedo.





A sedenta voz duma estrofe inacabada

no rosto e na enxada, suor do quase ledo,

gotejando a serenata do lêvedo,

fermentando o madrigal tocado ao nada.





Entoa às colheitas a musica da escória,

dedilha a terra acarinhando toda areia

mais o coral de andrajos heróis gritando: eia;

à penúria da seresta tão irrisória!





E choram as notas no plantio da esmola

banhando a tocata do humilde plebeu,

fumando o cigarro de palha, graças a deus...

e o solo do solo cessa o pranto e a viola!