Serenata de um plebeu
O sulco do semblante retesa o medo
arando a cantiga na face do plebeu,
solando o quase riso, estica o quase-deu
na corda suplicante ponteada cedo.
A sedenta voz duma estrofe inacabada
no rosto e na enxada, suor do quase ledo,
gotejando a serenata do lêvedo,
fermentando o madrigal tocado ao nada.
Entoa às colheitas a musica da escória,
dedilha a terra acarinhando toda areia
mais o coral de andrajos heróis gritando: eia;
à penúria da seresta tão irrisória!
E choram as notas no plantio da esmola
banhando a tocata do humilde plebeu,
fumando o cigarro de palha, graças a deus...
e o solo do solo cessa o pranto e a viola!
|