sábado, 15 de setembro de 2007

Escrevendo um coração

Macerado coração já sem saliva
Curvado a uma pena envolvente
Fibrila em desespero e doente
No palco da minha boca apreensiva.


Diga dos mistérios que habitam
E intuem a semente à primavera
Nos meus tolos lábios que hesitam
Florescem (de)lírios a tua espera.


Coração, se recusas o anonimato
Que oculta a trama e o boato
De negares dos sentidos, o verdadeiro.


Seja a substância da sedenta
Pena que da tinta se alimenta
E te torne dela um prisioneiro.