Escrevendo um coração
Macerado coração já sem saliva
Curvado a uma pena envolvente
Fibrila em desespero e doente
No palco da minha boca apreensiva.
Diga dos mistérios que habitam
E intuem a semente à primavera
Nos meus tolos lábios que hesitam
Florescem (de)lírios a tua espera.
Coração, se recusas o anonimato
Que oculta a trama e o boato
De negares dos sentidos, o verdadeiro.
Seja a substância da sedenta
Pena que da tinta se alimenta
E te torne dela um prisioneiro.
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