quarta-feira, 19 de setembro de 2007

DAS DELICADEZAS DE DEUS

De poeiras e asneiras fez-se o mundo!?
Delicadas mãos compuseram
as águas mais límpidas e doces,
as salgadas como se fossem
oceanos sem fundo,
repletas de maravilhas
aptas a receber navios, grandes quilhas,
para chegar a terras e ilhas,
espalhando a visão perfeita do Criador...

No entanto o fogo para o cozer e aquecer
que traria mais conforto
foi deturpado,
em bombas transformado,
matando seres! Um estupor!
É, de poeiras e asneiras fez-se o povo!
Era para ser sempre homem novo:
Gentil no trato, sem aparato,
parto sem dor!

Mais uma vez no entanto,
o pólen da flor,
virou poeira, queimadas, vida sem amor:
Os peixes morrendo pela violência do homem,
pela poluição...
os bichos/bichos, tão humanos!
E os humanos/bichos...sem dimensão!
As asneiras continuam,
é uma canseira,
todo dia um escândalo, mortes, corrupção...

Do retalho dos dias,
as horas se costuram perdidas,
sem metas,
é como mesa sem guarnição,
onde os incivilizados
comem com a mão,
enchem os bolsos de podridão,
carregam até o que não conseguem,
são pústulas fétidas,
infectando as belezas que Deus criou,
e para a humanidade doou,
civilizadamente,
com muito amor...