quarta-feira, 12 de setembro de 2007

BILHETE DE BAR

Eu não era, hoje sou
como tu és
que nasceu entre nuvens
no cosmo estelar no balaio de estrelas
De repente, como por encanto,
no espelho de sonhos
alço no teu vôo,
escrevo um poema no momento do êxtase,
na mesa de um bar

São três sóis?
Serão três luas, que vagueiam no céu?
Vão crescendo as fantasias do ócio satânico,
alegre, quente, pulsante
nas asas do desejo

Serão flores
para brotar no jardim?
Belas, únicas, orvalhadas de saudade
a lembrar dias de sol primaveril

Anoiteceu e veio a lua
minha canção persegue o ilusório,
mas veio para ficar cinzelada na pedra,
no granito dos sentimentos amorosos

Sou aquele que te vê em todos os rostos,
uma pergunta se dirige aos céus
por que eu?
que navego no eterno porvir, sem porto,
lá na beira do lago,
onde o vento faz a curva dos versos
e vai dizer que nos olhos do amor
está a magia da vida.